Ando clamando por ai a alma que parece perdida, vejo no gatilho que me atira o dedo capitalista que me puxa todos os dias para longe da terra. A terra é sempre uma questão, e o folhejar das árvores só parece ele mesmo quando respiro sorrindo, esquecendo e sendo. A questão da decisão sozinha é uma dificuldade tremenda quando aproximada da realidade, pois não sei se estou livre ou isolado. Se eu quero crer mesmo numa verdade verde, porque não sorrio para isso ao invés de me fugir todas as vezes de qualquer coisa? Preso estou é na fuga burrra onde só se olha para trás e não para frente. É tão necessário eu balançar meus braços como as palmeiras balançam-se. Odeio esse ombros duros como estalactites que frageis despencam com qualquer toque, a não ser que passem anos isoladas. Alto lá, ai to lá, tola!
Certa vez estive em uma roda de mim mesmo, eram eu e mais três de mim que sentavam-se, estapeavam-se, gritavam-se e por fim acreditavam-se um de frente para o outro. Nos casos em que um caía, o outro estava lá para ajudar e dar água a boca e carregar pelos braços até um lugar seguro. Todos estavam juntos até que um saiu para uma aventura particular e esqueceu o caminho de volta, só percebendo que estava perdido dos demais, muitas curvas e matas fechadas depois. Quando precisou de socorro precisou sozinho trazer água e sol ao seu corpo, ele não falava a ninguém que encontra-se pelo caminho, não falava nem que estava atrás de um caminho e muito menos que havia se perdido dos demais de si. A vaga lembrança que buscou moldar em pensamentos, jamais era sobre o momento da partida, eu havia me esquecido por completo que, daqueles que me perdi eram os mesmos que me empurravam em fuga deles. Isolado eu figurava uma saudade que eles não sentiam, pois eu já não fazia falta depois que não ajudei-o